Como manifestação cultural, a tabanca vai muito mais além de um simples género musical. Existem ainda uma série de outras actividades que lhe estão associadas.[3]
Embora exista também na ilha do Maio, a tabanca é mais popular na ilha de Santiago. As festividades da tabanca geralmente começam a 3 de Maio, dia de Santa Cruz, e vão sendo realizadas em dias santos nos meses de Maio a Julho.
A parte do desfile consiste num cortejo, que se inicia à porta de uma igreja (ou capela) e vai percorrendo as ruas da cidade (ou aldeia). Esse desfile, chamado buska santu (buscar o santo), destina-se a, simbolicamente, recuperar um santo (representado simbolicamente por uma bandeira) que foi previamente roubado no acto chamado cumpra santu (comprar o santo). Cada elemento desse cortejo representa um elemento de uma aldeia, com cada um a desempenhar uma função específica. Existe o rei da tabanca, a rainha, o padre, os cativos, os forros, o médico, o ladrão, o doido, etc. A acompanhar o cortejo existem os tamborerus (tocadores de tambor), os korneterus (tocadores de cornetas) e as kantaderas que vão cantando e dançando ao longo do desfile.
Para além desse cortejo existem outras actividades de carácter religioso/profano. Segundo P. Cardoso[4], a tabanca é também uma associação de socorros mútuos. Cada associado contribui com uma determinada quota, e nos casos de necessidade (enterros, missas de sufrágio, etc.) a associação ajuda nos custos. Essa faceta mais esotérica da tabanca está actualmente a desaparecer.
Actualmente existe o Museu da Tabanka, na cidade de Assomada, cuja actividade não se limita à tabanca, mas também a outras actividades culturais de Cabo
Verde.